quarta-feira, 14 de julho de 2010

Canini... sem palavras!!!!!

Canini esse grande artista gaúcho que conferiu o traço brasileiro ao personagem Zé Carioca, da Disney, lança o novo livro infantil, feito só de imagens.

Tive o prazer de abrir a edição da Zero Hora de ontem e , poder ler um texto de um colega, chamado Sancler Ebert, trabalhamos juntos, ele no setor jornalismo e eu no setor rádios da Gazeta Grupo de Comunicações, aqui em Santa Cruz do Sul - RS, onde moro, pois o Sancler alçou voo e foi morar em Pelotas, também aqui no sul, digamos assim bem mais ao sul, trabalhando agora no mais forte grupo de comunicações do sul do país, o grupo RBS. E tive o prazer enorme de ler um texto dele falando justamente sobre o Canini um cara que eu admiro muito e tenho o maior carinho mesmo sem conhe-lo. Pois bem coloco abaixo o texto do meu amigo. 
Canini (crédito da imagem: Nauro Júnior)
Por muito tempo eles moraram numa gaveta à espera do dia em que ganhariam o mundo nas páginas de um livro. Aos poucos, os personagens criados pelo cartunista Canini, responsável por dar o traço brasileiro ao gibi Zé Carioca, da Disney, vão sendo descobertos por uma nova geração de leitores. O livro infantil recém-lançado, O Cigarro e o Formigo, tem a marca de seu autor. Estão lá a temática ambiental e os traços inconfundíveis do artista de 74 anos.
Canini aprendeu ao longo dos anos que tudo tem seu tempo. Tanto que diz desenhar melhor hoje do que na época em que dava vida a Zé Carioca. Perfeccionista, o gaúcho natural de Paraí, radicado em Pelotas, sempre encontra algo para melhorar em seus desenhos e histórias.
A gente busca a simplicidade. No começo queremos fazer tudo numa revista, e só depois, aos poucos, vamos colocando só o essencial – explica.
No novo livro, que levou mais de 20 anos para chegar ao leitor, o cartunista conta a história de um formigo atrapalhado que encontra um cigarro na floresta e vai se metendo em confusões por causa do achado.

Sem nenhum texto, feita apenas de imagens, a obra toca adultos e crianças apenas com os traços dos desenhos e as cores vivas (pintadas com lápis de cor). Canini acredita que, mais do que divertir, o cartum também deve passar alguma mensagem:
Por muito tempo fiz cartum para divertir, mas acredito que temos de aproveitar a oportunidade, justificar o sacrifício das árvores derrubadas para impressão com algo mais.


Depois de 32 anos, outro filho querido vai receber o tratamento que sempre mereceu. As tiras do indiozinho Tibica criadas em 1978 para um projeto da Editora Abril, personagem que lhe deu mais alegria, serão compiladas numa edição a ser lançada até o final do ano.
Defensor do ambiente, Tibica passa mensagens positivas aos leitores, faz críticas à forma como as florestas estão sendo tratadas e prega a não violência.
O assunto é bom, tem um forte apelo atualmente, mas hoje a concorrência é muito grande, porque há toneladas de coisas competindo com os gibis e os livros. São games, revistas, programas de televisão, internet. Não sei como as crianças conseguem absorver tantas coisas – constata.
Na gaveta, aguardam a vez de ganhar a forma de um livro uma série protagonizada só por elefantes e outra composta apenas de paisagens e cenas gaúchas. É esperar o momento certo, acredita Canini: assim como teve de esperar o momento certo para publicar suas obras, o mesmo aconteceu em sua vida pessoal. Canini encontrou Maria de Lourdes, sua mulher, apenas quando já havia passado dos 50 anos. Maria é a fã número 1 do marido e foi a responsável por colorir o livro O Cigarro e o Formigo.
 Um Zé Carioca real demais
O sentimento de Canini pelo brasileiríssimo papagaio Zé Carioca sempre será diferente em relação a como lembra os demais personagens. Idealizado por Walt Disney, o papagaio teve suas histórias desenhadas pelo gaúcho por cinco anos. O cartunista acabou sendo afastado da obra por não obedecer às regras impostas pelos criadores americanos.
Comecei a mostrar a miséria, o Zé Carioca na favela, com meninos negros jogando futebol, e pediram para eu maneirar – conta.
A importância de Canini para o gibi foi confirmada por uma eleição realizada com os leitores brasileiros, quando ele foi escolhido o primeiro mestre Disney do país.
Fonte: Segundo Caderno da Zero Hora, edição Nº16.384 de terça-feira, 13 de julho de 2010 (texto integral de Sancler Ebert).

3 comentários:

Fabiano disse...

Olá, Ludy! Pelo jeito, teve muita festa por aí, hein! Graças a Deus!
Gostei muito dessa matéria do Canini. Quando o livro sair mesmo, estiver já em todas as livrarias, não se esqueça de publicar uma notinha no Blog, ok.
Quanto ao Zé dele, difícil dizer como atender aos padrões da Disney uma vez que seus filmes, por exemplo, vem mudando muito com o passar do tempo, mas as revistas continuam com o mesmo padrão de histórias. Acredito que o universo que Canini quis retratar talvez fosse o ideal para o Brasil, mas, no caso dessas mesmas histórias serem publicadas em outros países, de repente não teria contexto - é quase o que o Paulo Maffia diz sobre o personagem e suas histórias na Holanda.
E ele tem 74 anos, já??? POxa, vida! Muita saúde e vitalidade a ele!
Um abração! FabianoCaldeira.

Anônimo disse...

Ludy, meu caro cidadão santa-cruzense, permita contar-lhe que o Mestre Canini recebeu um convite para vir abrilhantar uma mostra de quadrinhos antigos aqui na terrinha (não lembro a data). O evento foi idealizado pelo Magdar.
Cavaleiro da Lua

Anônimo disse...

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