Hoje quero trazer para os amigos Disneyanos um pouco do passado pelos olhos de um colecionador antigo, que ganhou do pai a primeira revista do Pato Donald lá nos anos 50 e por seis décadas mantém um contato permanente com a obra do nosso querido Carl Barks.
Vou preservar a identidade do meu amigo, até porque eu não pedi a autorização dele para citar seu nome.
Amigo aqui do sul, esse senhor de grande erudição e experiência de vida e de mundo ( já viveu em vários países, entre eles Inglaterra, italia, grécia, Turquia), fizemos uma amizade por e-mail, trocamos informações principalmente sobre quadrinhos, mas na verdade quem ganha sou eu, que sou presenteado a todo o momento com a sabedoria e a cultura desse senhor especial, que fala de Barks, dos quadrinhos Disney antigos, de ciência, Mitologia e cinema antigo. Percebo nessa troca de e-mails que ele é um grande conhecedor dos grandes clássicos da sétima arte.
Vou apresentar aqui trechos do primeiro e-mail que recebi desse amigo trazendo informações maravilhosas sobre os quadrinhos Disney.
Provavelmente sou o mais antigo leitor do "Pato". Era em julho de 1950, eu tinha quebrado um braço e meu pai me trouxe uma revista que acabava de ser lançada: "O Pato Donald". O herói dos cartoons e livrinhos infantis, agora apareceria todos os meses e assim, começou uma amizade que já dura 61 anos.
Pato Donald era mais que meu melhor amigo; era a razão da minha existência. Minha coleção completa foi perdida quando fui embora do Brasil, mas consegui recuperá-la na Itália, através de edições especiais.
Uma das mais interessantes histórias de Donald, foi publicada em 1957, intitulada "Donald e os Astros", posteriormente relançada como "Ora, ouvir Estrelas!". Está no "O Melhor da Disney", vol 3 e merece uma olhada: em tempos em que nem se imaginavam computadores, Prof. Pardal penetra no campo da realidade virtual, além de estabelecer um paralelo entre infinito e infinitésimo, como no filme "O Incrível Homem que Encolheu", que seria realizado dois anos mais tarde. A história, que no original se chamou "Donald's Big Imagination", foi escrita por Barks em abril de 1957.
No vol 4 da série, há outra interessante história, "A Ilha dos Patos", lançada em fevereiro de 1960, onde Donald e sobrinhos comentam a vantagem de poder a TV mostrar o mundo através de uma câmera em satélite, algo impensável para a época.
Dentre as grandes aventuras, a mais interessante, sem dúvida, se chama "Pérsia Antiga" (Donald in Ancient Persia), de 1950, publicada no Brasil em 1953, sob o título "O Segredo do Professor". Na realidade, tratar-se-ia da Assyria, sendo a reconstrução mais perfeita que encontrei em todas as aventuras dos patos. Note o detalhe no qual eles entram no palácio real pelos quartos e descem as escadas, uma vez que as partes inferiores não tinham sido escavadas. Essa história despertou em mim o interesse pela arqueologia e por causa dela, acabei indo parar mesmo na Pérsia.
Outra história cheia de detalhes incríveis é "Perdidos nos Andes" , lançada no Brasil em 1954 no "Pato Donald" e não em 1957, como está no vol 13 do "Melhor da Disney". A publicação no "Mickey" foi um relançamento. Dê uma olhada nos dezoito quadrinhos dentro de uma densa névoa. Só mesmo Barks, para imaginar e desenhar tais cenas. Parece que esta era a história preferida do autor.
Com Donald, sobrinhos e Tio Patinhas, viajávamos pelo passado, pela Terra e outros planetas, sentindo mais emoções do que as crianças atuais, massificadas pela TV.
Ainda hoje, tantos decênios mais tarde, ainda conservo o hábito de reler aquelas antigas aventuras, cujo texto já conheço decorado. Um hábito que tenho conservado por 61 anos e por todas as partes do mundo onde vivi.
Com o passar do tempo eu trarei mais histórias do meu amigo aqui do Sul.
Até a próxima amigos Disneyanos.
5 comentários:
Puxa, que interessante! Fantástico relato! Com certeza é uma pessoa bem vivida, cheia de experiências, tanto por ter morado em tantos lugares, quanto por acompanhar a revista do Pato desde os primóridos.
Espero ansioso para ler mais histórias dele, que apneas enriquecem a nossa mente com toda a sua sabedoria!
Abraços
Matheus Guarany
Oi Matheus muito obrigado pelo comentário aqui no blog. Eu vou trazer mais história do nosso amigo aqui do Sul, e tem coisas que eu nem sabia sobre os personagens Disney e o legal que ainda é traçado um paralelo com o cinema da época. Muitos desses filmes com certeza o barks assistiu e teve ideias para as suas histórias maravilhosas. Abração amigo.
Ludy,me lembro de uma postagem do seu Blog que dizia que você era o leitor mais antigo do Pato Donald.
Eu acho que e mentira pois no Projeto Inducks de acordo com seus dados vocês nasceu em 14/05/1964
Por favor, me apresente esta postagem que eu te dou um presente, pois nunca em minha vida eu disse isso, até porque o pato surgiu aqui no Brasil em 1950 e eu nasci em 1964 e só fui ler no começo dos anos 70, então por favor me apresente a postagem que eu não conheço. Sempre quando se desmente alguém por algum motivo deve apresentar provas concretas. Estou esperando.
Oi Ludy eu não me lembro em que postagem foi.
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