
O trânsito pára de vez, e vejo que lá na frente alguma coisa aconteceu, parece ser um acidente com um caminhão de areia... espero que ninguém tenha se machucado... Não tenho saída, tudo vai ficar aqui parado esperando liberar a pista... “VOU ME ATRASAR PARA O TRABALHO DE NOVO... QUE DROGA...” - penso - e fico irritado. É o estresse urbano me dominando, e logo estou “fechando a cara” com uma expressão que me deixa marcas no rosto.
Bom, se é inevitável, fazer o quê, né? Começo a pensar no dia que teve início às seis horas da matina, após um café rápido e um beijo na esposa, saí apressado para o serviço (pra chegar no horário). No caminho, passei no amigo jornaleiro e peguei minhas revistas da semana, e... ah! – lembrei – tem também um gibi do Tio Patinhas... onde está (vou dobrando no banco traseiro procurando entre as revistas)... achei... tá aqui... “Tio Patinhas nº538”. 
Dei uma relaxada, e comecei a ver esse gibi novinho em minhas mãos, pensando: “como é bom poder comprar aquilo que a gente gosta”, e comecei a ler...Primeira história: “A grande Travessia”. Foi bem interessante ver o Patinhas atravessando o deserto a pé, e levando o Donald junto... Fiquei pensando no calor e sede que eles teriam passado, e no desespero dos parentes, preocupados com eles, sabendo que estavam correndo risco de morte naquele lugar inóspito. Pensei que "coragem e garra" são elementos fundamentais para se "enfrentar as diversidades"...
Olhei para o trânsito, e tudo continuava parado... ao meu lado, os motoristas continuavam de “cara feia” e nem mesmo esboçavam um cumprimento... (acho que vou ler mais um pouco)
Voltei os olhos pro gibi, e continuei lendo mais alguma coisa, absorto nas páginas coloridas dos quadrinhos Disney, lembrando do meu tempo de criança, das tardes deitado na rede, da minha “velha caixa de gibis” que minha mãe vivia tentando jogar fora, passei mais alguns momentos agradáveis em companhia dos meus “amigos” patos... e, de repente...
*“BIIIII... - FOOOM...” *

Fiquei meio sem graça, mas continuei meu caminho. Agora meu dia estava “diferente”. Não sentia mais o "peso" daqueles momentos “perdidos” no engarrafamento. De alguma forma, algo de bom tinha acontecido naquele lugar.
Pensei de novo, no Tio Patinhas, que ele é um vencedor, e como transforma as adversidades em conquistas... Pensei no modo irreverente do Donald, e nas risadas que dei. E isso me deixou mais tranquilo, abri um sorriso, e continuei feliz o meu caminho para o trabalho.
Ah! e se você acha que eu liguei pra “cara azeda” do meu chefe, quando cheguei na seção mais de cinquenta minutos atrasados???
Ele estranhou minha “cara boa” e perguntou se eu havia sido premiado na loteria...
Nada disso, disse pra ele: - “É só o trânsito, coisa que acontece, não vou estragar o meu dia por causa disso...”
E fui trabalhar na minha mesa, pensando em como é verdadeira aquela famosa expressão latina: “Carpe Diem”.
Um bom dia pra vocês também...
(Wikipédia – "Carpe Diem" é uma frase do latim, de um poema de Horácio - poeta romano que viveu de 65 – 8 AC, que é popularmente traduzida como – “colha o dia”, ou “aproveite o momento”) 
2 comentários:
Ai, ai... esse trânsito caótico aqui de São Paulo é de matar, não é mesmo?
Ainda bem que nessas horas um gibizinho Disney é a melhor pedida!
Carpe Diem!!!
Abçs.
Matheu$
Ainda bem que eu moro em Ribeirão Preto.
Tenha você uma ótima semana, amigo.
Abraços. FabianoCaldeira.
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