sexta-feira, 14 de maio de 2010

A SAGA DO TIO PATINHAS: O Bilionário da Colina Sinistra

Capítulo 9
O Bilionário da Colina Sinistra
The Billionaire of Dismal Downs
"A pepita me transformou no pato mais rico do Klondike, e isso foi só o primeiro ouro que saiu da minha terra no vale da Agonia Branca. Depois paguei a primeira e única dívida de minha vida"
Assim começa o nono capítulo da Saga do Tio Patinhas por Don Rosa.
Patinhas está no escritório de Porcolino Leitão em Goldboom, Alaska, onde Porcolino se estabeleceu depois de sair da prisão local.
Patinhas paga a sua dívida e Porcolino se recusa a assinar o recibo. Patinhas lhe desfere um forte soco no estômago com sua luva cheia de ouro e portanto muito pesada. Porcolino ainda atordoado pelo soco acaba assinando o recibo.
Logo depois Patinhas vai até o banco de Dawson e ouve do caixa que o atende, que ele agora, tem um milhão de dólares, (do momento que Patinhas achou a pepita ovo de gansa até agora, se passaram dois anos).
O ouro da terra de Patinhas havia acabado e ele escondeu suas últimas pepitas num esconderijo ali mesmo.
Patinhas até pensou em se mudar da região mas decidiu comprar o banco de Whitehorse e virou um pato de negócios. De minerador passou a banqueiro. Usou seu dinheiro pra fazer ainda mais dinheiro, agora possuia veios de ouro no Alaska também.
Com a experiência que ganhou em vinte anos de viagens, Patinhas foi capaz de se dar bem e prosperar em vários ramos de negócios.
Após cinco anos da descoberta da pepita ele já era um bilionário.
Chegou a hora de Patinhas voltar pra sua terra natal, depois de 22 anos longe captando riquezas.
Finalmente Patinhas chega na terra dos seus pais. Lá vem Patinhas no seu jeito todo próprio, em cima de uma carroça cheia de barris de madeira, que se saberá depois estão cheias de moedas e cédulas para os seu "banhos monetários".
Nessa altura do capítulo você vai conhecer a origem da eterna casaca que Patinhas usa em suas fabulosas histórias. Ele acaba trocando o seu terno luxuoso, (dado de presente a ele por um estilista, pela troca da fama de poder ter vestido Patinhas uma lenda do Klondike) pela simples casaca azul, que ele troca com um velhinho dono de uma lojinha de roupas usadas da vila e mais cinco libras, (na saga e nas histórias de Carl Barks: passaria a ser vermelha em produções não barksianas).
Patinhas pede para Fergus seu pai e pra suas irmãs Matilda e Hortência que o ajudem a guardar todo o dinheiro nas masmorras do castelo que até aquele momento estavam em algum lugar ignorado do castelo.
Na manhã seguinte Patinhas diz para Fergus e suas irmãs que o castelo será o centro do seu império, mas que precisa montar os escritórios na vila.
Dirigindo-se a vila, Patinhas vai a pé pela estrada e percebe muita gente indo na direção contrária a sua, e pergunta a um menino, para onde vai toda aquela gente.
O menino responde que estão indo aos jogos da Escócia um festival anual das antigas tradições.
Patinhas acha uma boa ideia participar dos jogos e mostrar para as pessoas do lugar que ele é um deles e poderá depois conduzir os seus negócios com o apoio da vila.
Ele pergunta o nome do rapaz que diz se chamar Jonas.

Patinhas então contrata Jonas para lhe explicar os jogos( paga a jonas um centavo por hora, típico do Tio Patinhas).
Enquanto Patinhas se inscreve nos jogos ele pede a Jonas que vá ao castelo pegar o Tartã do seu clã (o saiote escocês chama-se Kilt).
Patinhas então participa das provas, lançamento de martelo, tosquiar uma ovelha em 10 segundos, (ele aproveita e dá uma lição em seu inimigo Argus McWhisker), Também participa de pescaria, arremesso de tronco (que se baseia na antiga prática de transportar madeira para construir pontes), e também tem a prova de declamar poesia, (os escoceses adoram poesia), Golfe (o esporte mais amado pelos escoceses há mais de 500 anos). Patinhas executa todas as provas do seu jeito o que não agrada aos juízes que acabam lhe dando a nota mínima e praticamente zero em todas as provas disputadas. Patinhas percebe então que não pertence mais aquele lugar. Comentando com seu ajudante Jonas ele diz que as Higlands escocesas estão talhadas no passado, e que a vida dele está ligada ao futuro em terras distantes.
Patinhas ainda comenta que se ficar os seus negócios vão estagnar. E naquele momento Patinhas toma uma grande decisão na sua vida. Vai partir e vai levar sua família com ele.
Patinhas volta para o castelo e diz que tem um terreno que comprou de um pioneiro camado Patus Quela. São dez hectares de uma colina na América, mais precisamente em Calisota numa aldeia chamada Patópolis.
Patinhas convida Jonas para ser o guarda do castelo e Jonas aceita.
Fergus diz a Patinhas que não vai pois está muito velho para partir de sua terra e que vai ficar com o seu novo amigo Jonas. (nessa altura dos acontecimentos, eu me pergunto onde anda o Tio Patico que aparceu no capítulo anterior e sumiu no capítulo 9).
Fergus pede a Patinhas que leve suas irmãs que merecem uma nova vida na América.
Quando os três partem, mal sabem que seu pai mandou sua filhas irem porque sabia que estava morrendo. E acertou. No dia da despedida da Escócia, o fantasma de seu pai, Fergus Mac Patinhas, e sua mãe, Donilda O'Pata, acenam para os filhos do alto do castelo. E seguem Sir Quackius, que diz a Fergus para irem, pois todo o Clã MacPatinhas o está esperando no Céu. Eles passam pela parede do quarto e da pra ver a cama com o corpo de Fergus morto sobre ela. Morreu dormindo. Esta última página que fecha o capítulo nove é muito emocionante e demonstra a qualidade de Don Rosa em criar roteiros inteligentes e emocionantes.
Curiosidades:
Patus Quela (Casey Coot, no original inglês), nasceu por volta de 1860 em Patópolis. Em 1890 ele foi para Klondike em busca de ouro. Ele não teve sucesso e a única razão que ele ainda pôde se dar ao luxo de comprar a sua passagem de volta para casa em Patópolis foi que ele, em dezembro de 1899, vendeu a escritura da (Colina Mata Mula ou Mata motor e Forte de Patópolis (Kill Mule Hill e Fort Patópolis. Um total de 10 acres de terra) por 200 dólares para o Tio Patinhas que também estava no Klondike até então.

Don Rosa ressalta neste capítulo que os pais do Tio Patinhas, em determinado momento da biografia, teriam infeliz, mas invevitavelmente de desaparecer. Isso é o que ocorre neste capítulo nove. Rosa comenta que não teve nenhum precedente em que se basear, já que, segundo ele, nenhum personagem foi "morto" em qualquer revista em quadrinhos Disney.
Fonte: Revista Tio Patinhas 40 anos e Saga Completa do Tio Patinhas (acervo particular).

2 comentários:

Anônimo disse...

Essa é uma história como nunca se viu. Temas sérios, mas muito bem mostrados por Don Rosa. A personagem Dora Cintilante é para mim das mais interessantes da saga. Ficaria chateado se o par romântico do Muquirana fosse a mais "Hebe" das patas, Brigite (criação de Romano Scarpa).
Cavaleiro da Lua

Ludy disse...

A Dora Cintilante é realmente uma personagem muito interessante e complexa e com certeza bem mais profunda psicologicamente que a Brigite. Porém com seus valores e conceitos bem distorcidos pelo menos é o que ela consegue nos passar. Não dá pra esquecer que ela dopou o Tio Patinhas e alguns capangas o levaram para morrer congeladolonge da cidade no meio do nada.Mas uma coisa temos que dizer ela é uma Pata (pode se dizer mulher) de fibra e pra fazer par romântico com o Patinhas tem que ser alguém de personalidade forte e de grande bravura, alguém como o próprio Patinhas. E outro detalhe, Patinhas fez Dora conhecer como um mineiro ganhava a vida no duríssimo Yukon da época da corrida do ouro, e parece que ela aprendeu a lição. Quanto a Brigite ela é uma personagem de bom coração mas de grande fragilidade emocional e totalmente dependente de uma amor não correspondido e isso não é nada bom para o amor próprio.

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