segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Esse Donald eu não conheço!


Estive lendo neste final de semana o Disney Temático #25 - Superpato  - O Legado. E na página 130 começa a aventura chamada o Diabólico Vingador, uma Trama de Elisa Penna com roteiro de Guido Martina e desenhos de Giovan Battista Carpi, (esses três artista já falecidos).
Essa história foi publicada pela primeira vez na Itália  em 8 de junho de 1969 na revista Topolino #706 (capa acima).
No Brasil essa história só foi chegar em agosto de 1973 na edição #27 do saudoso Almanaque Disney. Depois foi republicada por aqui no Almanaque do Superpato #1 em janeiro de 1982, e também na edição de luxo A Saga do Superpato #3 de dezembro de 1989. Depois de 20 anos em 2009 essa aventura voltou às bancas brasileiras em um dos primeiros Disney Temáticos lançados: Superpato 40 Anos.

Mas o verdadeiro motivo desse post, nem é tanto pela história que a grande maioria dos leitores disneyanos já conhece "a origem do Superpato". O que verdadeiramente me motivou a escrever essas linhas, foi essa cena abaixo.
Na página 136 de Superpato O Legado, como você bem pode observar, é esse descarado mal trato perpetrado pelo Pato Donald ao cachorrinho encontrado na rua, e que os meninos queriam adotar. O meu personagem favorito nos quadrinhos Disney sempre foi e continuará sendo o Pato Donald. Mas confesso que nessas cenas os autores dessa história "erraram a mão", tudo bem, alguns dirão que na época não existia o politicamente correto. Mas mesmo assim são cenas absurdas de serem colocadas numa revista que seria lida basicamente por crianças. Observe o exemplo que o personagem amado por tantos está dando. Praticamente dizendo que fazer isso com um cachorrinho não é errado, principalmente sendo ele de rua. Eu como adoro animais não gostei dessas cenas e nos dias atuais a Disney não permite isso. Observe que os meninos indignados, no quadro acima, até citam Caim da Bíblia, pela atitude revoltante do tio. 
Possuído por ciúmes, Caim armou uma emboscada para seu irmão. Sugeriu a Abel que ambos fossem ao campo e, lá chegando, Caim matou seu irmão; este teria sido o primeiro homicídio da história da humanidade. (Fonte Wikipédia).
Donald não contente em simplesmente jogar o cachorrinho longe ainda o apedreja.
Está tudo errado nessas cenas. Tive que explicar para o meu filho Leo, que viu essas cenas, que o Donald não é malvado mas que os autores dessa história erraram e muito. São quadrinhos que a meu ver poderiam ser facilmente deletados dessa aventura sem perder em nada o valor da história. 
E para o nosso espanto o ganso mais "metido a besta" do Universo Disney tem uma atitude digna de louvor e aplausos. Veja abaixo o comportamento do Gastão em relação ao cãozinho.
Eu confesso que acho o Gastão um antipático, esnobe, chato e sempre dando em cima da namorada do Donald, com o consentimento dela diga-se de passagem. Mas nesses poucos quadrinhos, pelo menos nessa história ele ganhou a minha simpatia.
No final das contas a bondade do Gastão, aliada a sua sorte infalível, lhe rendeu bons frutos e o Donald nesse caso teve o que merecia. O Cachorrinho pertencia a um nobre riquíssimo e estava perdido nas ruas de Patópolis. Gastão entregou o cachorrinho a um certo Duque que lhe ficou imensamente grato e por um valor muito alto transformou o Gastão em guardião do cãozinho SALIM.
A mensagem que deixo com esse pequeno post é: cuidem, respeitem e protejam os animais.
Fonte: imagens retiradas da revista Superpato O Legado da Editora Abril, Inducks e Wikipédia.

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