As coleções Disney são mesmo incríveis. Dia desses estava lendo essa coleção encadernada em três volumes (Anos de Ouro do Pato Donald), que republica os gibis de nº 1 a 21 do pato, e curtindo as primeiras histórias no “formatão”. Como é legal ler algumas das histórias em preto e branco (é diferente, né?), e páginas com cinco tiras. As histórias são contadas com bastante texto nos balões, o que deixa a leitura mais lenta, mas, sendo histórias mais longas, possibilitam a inserção de diversas “piadinhas” na mesma história.
Outro fato curioso é a miscelânia de personagens, não se restringindo ao universo dos patos, passando por Mickey, Pluto, Lobão e Lobinho e outros personagens secundários. Chamam atenção as propagandas antigas. Algumas páginas são coloridas (as iniciais e finais de cada edição), além das capas, é claro, e o restante no velho e tradicional preto e branco. Histórias em continuidade, que dão um sabor especial quando você lê: “Continua na página...”, e você tem a continuação para ler. rsrs. É gostoso ler assim, um pedaço de cada vez e ver logo o final. E as capas dos gibis de nº1 a 21, então? Bem chamativas e com a presença constante do Pato Donald e do Zé Carioca. Afinal, eram os anos 50, e o Donald com o Zé formavam uma dupla imbatível, nas telas do cinema e nos quadrinhos.
E tem também a Rádio Pataquada, onde o Donald conversa com os leitores, precedente histórico da tradicional coluna de cartas e espaço do leitor nos quadrinhos atuais.
Os diálogos trazem a ortografia da época - por exemplo - “gazolina” (edição 3, pg. 40). Cabe então ao leitor fazer a adaptação, respeitando as regras atuais. Isso não tira o brilho da história, apenas acrescenta um tempero nessas edições históricas.
“Donald e o Segredo do Castelo” é um clássico que abre o nº 1 da revista, e muito já foi falado sobre ela, sendo a nota 10, unanimidade. Mas, encontramos muitas outras histórias legais, como “Donald Incendiário”, onde o pato fica doidinho ao bater a cabeça e sai queimando tudo por aí (imperdível). Tem também “Donald no País dos Vulcões”, uma referência aos países andinos.
São muitas histórias boas, como “Donald Garimpeiro”, e outras do Mickey com o Pateta, além de histórias com o Lobão e o Lobinho. Confesso que não sou muito fã das histórias do Lobão, mas, não o desprezo totalmente, lendo-o de vez em quando. Outro personagem que aparece é o Amigo Coelho (Quincas) contracenando com o João Honesto e o Zé Grandão, em histórias muito interessantes, esses personagens estariam presentes nos anos 70 no saudoso Almanaque Disney.
Para ler gibi é preciso ter imaginação, aceitar as diferenças de estilos nas diversas épocas como uma brincadeira. Não dá para comparar coisas tão diferentes, como um gibi da década de 50 com os atuais. Um gibi antigo sendo republicado na íntegra, é uma “cápsula do tempo”. Faz chegar até nós aquela história que somente poucos colecionadores possuem na versão original.
Essas coleções curtas, de dois ou três volumes, às vezes aparecem incompletas para nós. Compramos um ou outro volume e depois ficamos correndo atrás dos demais, nas lojas virtuais e sebos.
Tive sorte de encontrar (em 2009) os três volumes de uma só vez, em boas condições e com preço justo. Mas, em outras séries como “O Destino do Zé Carioca”, vivo procurando o que me falta (no caso o nº 2, capa ao lado).
Para finalizar, apreciei muito a leitura no formato grande, o que não é muito comum, pois sempre preferi o “formatinho”. É engraçado ler um gibi que chegou às bancas antes mesmo da gente ter nascido; penso que os leitores mais jovens tem a mesma sensação ao ler uma publicação dos anos 70, se nasceram depois disso. Os quadrinhos Disney são atemporais, não envelhecem (só o papel, é lógico) e não desatualizam. “Anos de Ouro do Pato Donald” é um belo exemplo disso. No Universo Disney a imaginação predomina, e as publicações transcendem os tempos: passado, presente e futuro, o que nos coloca em uma nova dimensão, originada na mente criativa de Walter Elias Disney.
(dedico esse texto ao amigo Xandro, que com seu excelente blog, também homenageia os quadrinhos Disney) Abraços.
Fonte: Texto de Paulo Gibi (Resenhista e colaborador do blog Universo Disney) e Inducks.
" Aqui no entanto nós não olhamos para trás por muito tempo, Nós continuamos seguindo em frente,
ResponderExcluirabrindo novas portas e fazendo coisas novas,Porque somos curiosos... e a curiosidade continua nos conduzindo por novos caminhos.
Siga em frente."
Palavras de Walter Elias Disney.
Abraços....Sol.
Pois é Solange Disney sempre foi um homem além do seu tempo na vanguarda dos acontecimentos e com uma grande visão de futuro. Um gênio na área do entretenimento. E esse é o mote: Siga em frente. Ele seguiu e com muito trabalho, coragem, criatividade, talento e garrae montou um império e um universo paralelo o Universo Disney. Obrigado pelo carinho de estar sempre conosco com seus comentários tão legais.
ResponderExcluirÉ sempre bom ler algo que diz respeito às épocas de quando não tínhamos sequer o domínio do nosso mundo. Ter uma oportunidade de ler quadrinhos de uma época em que não nos dávamos conta desse mundo é um prazer ímpar. De alguns exemplares que tenho aqui e estou lendo, alguns nem são tão diferentes assim. As histórias poderiam ser publicadas facilmente nas épocas de hoje como uma do Pateta e o sapo em que ele foi em um parque ecológico com Mickey e fez amizade com um sapo e depois o bicho não queria deixa-lo ir embora. Essa história está em uma revista do Pato Donald anos 70 e achei bem atual, ainda.
ResponderExcluirAbraços. FabianoCaldeira.
Oi pessoal, como é gostoso estar aqui com vocês. Cada um tem a sua forma de apreciar os gibis, e a obra de Disney como um todo. O bom mesmo, é expressar o que sentimos, porque o nosso coração precisa ser alimentado de coisas boas, para que a realidade à nossa volta seja transformada. Acredito que esse também era um desejo do papai Disney. Abraços. Paulo
ResponderExcluirBela lembrança..eu nunca tive essa coleção. até já li emprestado de um amigo etempos atrás encontrei um dos números à venda mas por um preço exorbitante.Essas revistas são como registros históricos até mesmo do idioma como vc citou. Nessa época as revistas se assemelhavam com aquelas coletâneas japonesas (tipo Shounen Jump) com várias histórias curtas continuando pro várias edições..sinceramente prefiro a história completa porque pode ser frustrante você estar lendo e a história continuar em uma próxima que você não tem..Mas eram outros tempos.
ResponderExcluirAbraços
Oi Mac, é verdade, esse negócio de "continua...", Às vezes deixa a gente sem ler o final. Antigamente colecionava gibis de hérois da Abril, e ficava faltando a continuação. Gosto de ler gibis antigos, pois parece uma viagem no tempo. Mas hoje em dia também tem muita coisa boa. Abs. Paulo
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