quarta-feira, 31 de março de 2010

Don Rosa o Sucessor artístico de Carl Barks

Um grande Mestre Disney
Don Rosa
Gioachino (Keno) Don Hugo Rosa (Don Rosa) (Nascido em 29 de junho de 1951) é um desenhista e roteirista de quadrinhos Disney conhecido por suas histórias tendo como protagonista o Tio Patinhas (Scrooge McDuck), Donald Duck e outros personagens Disney. Ele é tido como o sucessor artístico de Carl Barks "O homem dos patos". Ele nasceu em Louisville, Kentucky, Estados Unidos. Um trabalho importante desse Mestre Disney é a Saga do Tio patinhas (No original inglês, The Life and Times of Scrooge McDuck), que saiu no Brasil em três volumes pela Editora Abril.
História
O nome Rosa (que significa "Pink" ou "rose") é de origem Italiana. Seu avô, Gioachino Rosa, viveu em Maniago, Uma pequena aldeia no sopé da Alpes no Norte da Itália, Na província de Pordenone. Gioachino Rosa emigrou para o Kentucky, Estados Unidos em 1915, pouco depois do nascimento de seu filho Hugo Rosa. Hugo Rosa mais tarde se casou no Kentucky. Sua esposa nasceu em uma família com pai alemão-americano e mãe com ascendência escocesas e irlandesas.
Hugo Rosa e sua esposa tornaram-se pais de Keno Don Hugo Rosa em 29 de junho de 1951. O menino recebeu o nome de seu pai e avô. Não tardou para Gioachino ser chamado simplesmente"Keno".
Infância
Don Rosa começou a desenhar quadrinhos antes mesmo de ser capaz de escrever. Desenhos, para ele, eram ilustrações para obter a estória contada.
Seu quadrinhos favoritos incluiam Tio Patinhas (Uncle Scrooge) pela editora Western Publishing e Superman pela DC Comics.
Ele entrou no University of Kentucky em 1969. Graduou-se em 1973 em engenharia civil.
Primeiros trabalhos.
Seu primeiro desenho foi uma história em quadrinhos com personagem próprio, Lancelot Pertwillaby. Ele criou a tira em 1971 para O The Kentucky Kernel, jornal da Universidade de Kentucky, que queria que a tira tivesse o foco na sátira política.
Depois da sua licenciatura, Rosa continuou a desenhar quadrinhos como um trabalho extra, mas sua renda principal vinha do trabalho que exercia no Keno Rosa Tile Company, Empresa fundada por seu avô paterno e que tinha agora o seu pais Hugo Rosa no comando.
Rosa teve uma chance profissional maior com a sua criação do personagem de quadrinhos Capitão Kentucky para a edição de sábado do jornal local Louisville Times. Capitão Kentucky era o alter-ego do super-herói de Lancelot Pertwillaby. Publicação iniciada em 6 de outubro de 1979. e foi encerrada em 15 de agosto de 1982 após a publicação de 150 episódios. Depois de três anos com o capitão Kentucky, Don decidiu que não valia a pena o esforço. Aposentou-se dos desenhos pelos próximos quatro anos. Anos mais tarde, como a sua fama crescia, seu trabalho não-Disney, foi publicado pelo editor norueguês Gazeta Bok em 2001, nos dois livros de capa dura The Pertwillaby Papers e As Aventuras do Capitão Kentucky. Casamento
Rosa casou-se com a professora Ann Payne, em 1980. Eles não têm filhos.
Trabalhar para Gladstone
Em 1985, ele descobriu a Gladstone Publishing Comics . Esta foi a primeiro editora de quadrinhos que continha personagens Disney depois da década de 1970. Desde o início da infância Don Rosa tinha sido fascinado pelas histórias da Disney sobre Donald Duck e Scrooge McDuck, que lhes fora apresentado por sua irmã mais velha Diana. Carl Barks foi um grande ídolo para ele, e segundo o próprio Don Rosa, continuará a ser para o resto de sua carreira. Ele chamou imediatamente o editor, Byron Erickson, E disse-lhe que ele era o único americano que nasceu para escrever e desenhar O Tio Patinhas e a família pato. Byron concordou em deixar-lhe enviar uma história, e Don Rosa começou a desenhar a sua primeira história do pato: "O Filho do Sol" no dia seguinte.
"O Filho do Sol" foi um sucesso e foi indicado para um Harvey Award.
Rosa produziu mais algumas histórias para Gladstone até 1989. Ele então parou de trabalhar para eles, porque política do seu licenciador Disney não permitia o retorno da arte original de uma história para seus criadores. Isso era inaceitável para Don Rosa, uma vez que uma parte dos seus rendimentos vinham justamente da venda dos originais. Sem esse dinheiro extra, ele não poderia ter uma vida dedicada somente a produção de quadrinhos.
Depois de fazer algumas histórias para a Editora holandesa Oberon, (os editores da revista Disney chamada DuckTales, baseado na série animada de mesmo nome) ofereceu-lhe emprego. Eles ainda lhe ofereceram um salário muito maior do que que ele ganhava na Gladstone. Don fez apenas um roteiro(Back in Time for a Dime). Os editores nunca lhe pediram para fazer mais, e devido a problemas com o recebimento do pagamento, ele nem fazia muita questão.
Trabalhar para Egmont
Depois de trabalhar com a revista DuckTales, Rosa descobriu que a Editora dinamarquêsa Egmont (na época chamado Gutenberghus) estava publicando reproduções de suas histórias e queria mais. Rosa se juntou a Egmont, em 1990, juntamente com Byron Erickson, O ex-editor de Gladstone e foi trabalhar lá como freelancer desde então.
Em 1991 ele começou a criar "The Life and Times of Scrooge McDuck", Uma história de doze capítulos sobre o seu personagem favorito. A série foi um sucesso, e em 1995 ele ganhou um Eisner Award de melhor série contínua. Após o final da série original, Don começou a produzir mais capítulos "ausentes". Alguns dos capítulos extras foram rejeitados pela Egmont, porque eles não estavam interessados em mais episódios. Felizmente, a revista francesa Picsou estava ansiosa para publicar histórias. A partir de 1999, Don começou a trabalhar free-lance para a revista Picsou também. Alguns destes capítulos foram compilados como The Life and Times of Scrooge McDuck Companion.
Em greve Durante o início do Verão de 2002, Rosa estava bastante chateado. Um artista não poderia viver sob as condições que Egmont estava oferecendo, mas ele não queria desistir de fazer quadrinhos dos patos. Assim, sua única opção era parar um tempo e tentar chegar a um acordo com Egmont. Seus principais problemas enfrentados com a Egmont foram que ele não tinha controle sobre suas obras. Rosa tinha descoberto muitas vezes que suas histórias foram impressas com páginas de arte incorreta, cores impróprias enfim, muitos problemas . Outra questão foi que seu nome foi usado para a promoção dos livros e coleções de histórias sem o seu acordo e sem o envio de royalties para ele.
Ele chegou a um acordo com a Egmont, em dezembro do mesmo ano, o que deu-lhe um pouco mais de controle sobre as histórias e as condições em que foram divulgadas.
Aposentadoria
Em 2008, Rosa se submeteu à cirurgia do olho. Em 2 de junho de 2008, durante uma entrevista na feira Komiks.dk dinamarquês, Don afirmou que não iria fazer mais quadrinhos Disney. Problemas nos olhos, e o principal deles, problemas que enfrentava frequentemente com o não pagamento de royalties com muitas editoras internacionais.
Rosa continua a ser popular entre os leitores de todo o mundo, mas considera-se um tanto obscuro e desconhecido em sua terra natal, nos Estados Unidos. Segundo ele mesmo o seu vizinho mais próximo não sabe a sua profissão.
Na Europa, Rosa é reconhecido como um dos melhores criadores de quadrinhos Disney. Carl Barks e Rosa são alguns dos poucos artistas que têm seu nome escrito nas capas das revistas da Disney quando suas histórias são publicadas. Suas histórias são facilmente reconhecidas devido ao seu estilo de desenho exclusivo, seus desenhos são extremamente detalhados. Rosa tem inclusive sutis referências às suas obras favoritas de ficção, bem como o seu próprio trabalho anterior. Ele normalmente usa cerca de 12 quadros por página, em vez dos 8 que é o mais comum. Ele precisa usar os quadros extras porque suas histórias são geralmente demasiado longas para serem publicadas, se ele não minimizá-las.
Desenho estilo
Como Bacharel em engenharia civil, e o aprendizado do desenho técnico, Don Rosa tem alguns métodos de desenho incomum. Por ser auto-didata na produção de quadrinhos, Rosa conta principalmente com as habilidades que ele aprendeu na escola de engenharia, o que significa utilizar muitos tipos de canetas técnicas. Ele aplica as formas de artefatos de plástico para desenhar curvas, círculos e ovais. Rosa geralmente produz menos de uma página por dia, mas isso depende da quantidade de detalhes que ele coloca no quadro.
O estilo de desenhode Don rosa é considerado muito mais detalhado e "sujo" do que a maioria dos outros artistas da Disney, vivos ou mortos, e muitas vezes comparada à de artistas underground. Ele é frequentemente comparado a Robert Crumb.
"Eu penso que o meu estilo eo de Robert Crumb só são semelhantes porque crescemos fazendo quadrinhos para a nossa satisfação pessoal, sem nunca levar o desenho a sério, e sem nunca tentar alcançar um estilo que agradaria a editora Marvel Comics. Nós desenhamos quadrinhos para nossa diversão."
Carl Barks
Carl Barks é o Ídolo absoluto de Don Rosa. Rosa constrói quase todas as suas histórias em cima de personagens e locais que Barks inventou. Muitas das histórias de Rosa contem referências a algum fato que está em histórias de Barks. Rosa criou até sequências de velhas histórias de Barks. Para acrescentar mais a sua admiração e consistência com a obra de Barks, Rosa faz histórias de todos os seus patos acontecerem na década de 50. Isso ocorre porque Barks escreve a maioria das histórias de Tio Patinhas, Donald e todas as pessoas de Patópolis nos anos 50 (também convenientemente resolve erros de continuidade, tais como a idade do Tio Patinhas).
Barks criou a a maioria dos personagens usados por Rosa ou é creditado por grande parte do desenvolvimento de suas personalidades. Rosa, assim, sente-se obrigado a fazer suas histórias factuais consistentes. Ele passou muito tempo em fazer listas de fatos e anedotas assinalou em diferentes histórias de seu mentor. Especialmente The Life and Times of Scrooge McDuck baseou-se principalmente nos trabalhos anteriores do Barks. Rosa admitiu, contudo, que uma cena do primeiro capítulo foi inspirado por uma história de Tony Strobl.
Aliado a um esforço constante de Rosa manter-se fiel ao universo criado por Barks, há também uma série de diferenças notáveis entre os dois artistas. A mais óbvia delas é o estilo de desenho muito mais detalhado de Don Rosa, muitas vezes com muitas piadas de fundo. Embora o próprio Barks não use em sua obra esses artifícios para dar o efeito cômico. As histórias de Rosa são ricas em detalhes com coloridos marcantes e bizarras interpretações faciais e muitas piadas "pastelão" . Barks teve mais de 600 histórias dos Patos creditadas ao seu nome enquanto Rosa criou apenas 85 até o seu problema ocular o aposentar.
D.U.C.K.
A maioria das histórias de Rosa tem as letras D.U.C.K. escondido no primeiro painel. Esta é uma Sigla para Dedicada para Uncle Carl de Keno. D.U.C.K. é na maioria das vezez escondido no primeiro quadrinho, na primeira página da história. D.U.C.K. é também frequentemente escondido em capas que ele cria para as HQs que tem suas histórias, e reproduções de antigas histórias de Carl Barks. Quase toda vez que Rosa consegue um artigo sobre ele nos quadrinhos Disney semanais (pelo menos em edições européias), o D.U.C.K. é mencionado.
Mickey
Outra curiosidade é o seu Hidden Mickeys. Rosa só está interessado em criar histórias com a família Pato, mas muitas vezes ele esconde pequenas cabeças do Mickey ou figuras nas fotos, por vezes, em uma situação humilhante ou indesejada. Um exemplo disto está na história O Terror do Transvaal, onde Mickey pode ser visto sob o pé de um elefante. Isto é mais uma piada feita para o divertimento dele. Rosa admitiu não gostar nem rejeitar o Mickey Mouse, mas ser indiferente a ele.
Em The Quest for Kalevala essa piada pode ser visto no original, Akseli Gallen-Kallela de inspiração a arte da tampa. Na obra original, Louhi é descrita como de peito nu, mas a versão Disneyfied foi elaborado um su
perior, de tecidos estampados com o Mickey Mouse cabeças.
Don Rosa já ganhou muitos premios da industria do Quadrinhos
Em 1995 foi premiado com o Eisner Award para "Melhor História Seriada" para The Life and Times of Scrooge McDuck
Ele também foi indicado para Harvey Awards 2007 em cinco categorias (mais do que qualquer outro criador para aquele ano) para os quadrinhos do tio Patinhas: Melhor Roteirista, Melhor Artista, Melhor Cartunista, Melhor Capa Artista, e Prêmio Especial para Humor em Quadrinhos.
Em 1997, a editora italiana Editrice ComicArt, publicou um volume generoso e abundadante sobre a biografia de Don Rosa e trabalhos relacionados com os personagens Disney. Foi intitulado "Don Rosa e il Rinascimento Disneyano" e escrito por , Alberto Becattini, Leonardo Gori e Francesco Stajano. Este trabalho não só aborda toda a vida criativa de Don Rosa até 1997, mas também apresenta uma biografia completa, e lista detalhadamente até essa data todo o seu trabalho para a Disney.
Don Rosa um grande Mestre Disney e um talento impar no Universo maravilhoso das histórias em quadrinhos Disney.










Fonte: Wikipédia (em inglês), Youtube.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Horácio e Clarabela

Personagens: Horácio e Clarabela
Nomes Originais: Horace Horsecollar e Clarabelle Cow
Criador: Walt Disney e Ub Iwerks
Origem: 1928 (Clarabela) e 1929 (Horácio)
Estréia nos quadrinhos:

Death Valley”, composta de 149 tiras diárias publicada nos jornais dos estados Unidos em 1930. O roteiro da história é de Floyd Gottfredson e de Walt Disney.
No Brasil, essa história foi publicada apenas na revista Mestres Disney #3, de 2005, especial sobre Gottfredson, como uma aventura de 44 páginas denominada “O Vale da Morte”.
História dos personagens:
Clarabela e Horácio foram criados por Walt Disney, surgindo nos desenhos animados do Mickey na década de 20. Clarabela estreou em “Plane Crazy”, de 1928 e Horácio em “The Plow Boy”, de 1929.
Horácio estreou como um simples cavalo que fazia o arado de Mickey. Porém, em uma cena do cartoon dançou em duas patas. A partir do cartoon seguinte, “The Jazz Fool”, já aparece antropomorfizado.
Nos quadrinhos Disney, Horácio e Clarabela foram dois dos principais personagens criados logo na primeira história de Gottfredson, em 1930, segunda história em tiras do Mickey.
Foram personagens com bastante destaque no universo do ratinho especialmente em sua “infância”, aparecendo em quinze das suas primeiras vinte histórias.
Os personagens estrearam nas páginas dominicais dos jornais americanos em 1933, em “O Covil do Lobo Rosnaldo” (The Lair of Wolf Barker), publicada no Brasil em Álbuns Disney #3, de 1990.
Nas páginas brasileiras, Horácio e Clarabela estrearam em “Dippy contra O Encapuçado” (Villain of the Victory Garden), com desenho de Ken Hultgren e roteiros desconhecidos. A história foi publicada na revista O Pato Donald #6, de 1950.
Clarabela aparece bem mais nos gibis Disney que o Horácio. Até o início 2010, segundo o banco de dados Inducks, apenas 26 histórias foram criadas nos estúdios brasileiros envolvendo o Horácio. Já Clarabela está mais presente nas produções tupiniquins: 96 edições. O fato que explica isso é porque Clarabela sempre foi mais constante nas histórias da Minnie, Margarida e Pateta, constantemente criadas no Brasil.
As primeiras histórias criadas por aqui datam da década de 70. Clarabela apareceu na história curta “Um Homem Prevenido...”, de 1 página, criada por Carlos Alberto Paes de Oliveira e desenhada por Carlos Edgard Herrero para O Pato Donald #1076, de 1972. No mesmo ano, a personagem apareceu na Edição Extra #52, especial do Pateta Olímpico, nas histórias “O Roubo do Fogo Olímpico” e “Vamos Todos à Munique”.
Já Horácio só aparece nas histórias brasileiras Disney em 1974, nas histórias “Escola para Cães”, de Júlio de Andrade, e “O Mistério do Ano Novo”, de Ivan Saidenberg com desenhos de Moacir Rodrigues Soares. Essas histórias foram publicadas originalmente em O Pato Donald #1172 e O Pato Donald #1206, respectivamente.
Em “Papai Noel por Acaso”, de 1959, de Jorge Kato, Horácio e Clarabela aparecem na última cena, em ceia de natal com os pesonagens Disney, protagonizada pelo Tio Patinhas.
Os estúdios italianos iniciaram suas historias com os personagens em abril de 1939, com “Clarabella fra gli artigli del diavolo Nero”, com desenhos de Federico Pedrocchi e roteiros de Enrico Pinochi, publicada em Albi d'oro 39025 (25ª edição de 1939) e ainda inédita no Brasil.
Nos Estados Unidos as publicações de histórias com os personagens praticamente cessaram a partir dos anos 80, enquanto na Itália e na Europa como um todo elas foram intensificadas. No computo geral, as histórias envolvendo os personagens foram criadas principalmente na Itália, Dinamarca, Holanda e Estados Unidos.
Em relação às publicações de histórias, até o início de 2010, os personagens estão presentes principalmente nas páginas italianas (cerca de 1.400 histórias com a Clarabela e 900 com Horácio), alemãs (1049 e 659), norueguesas, dinamarquesas, suecas, francesas e brasileiras, todos esses países com mais de 500 histórias publicadas de ambos. No Brasil, foram publicadas 960 histórias com a Clarabela e 530 com o Horácio.
Características marcantes:
Clarabela se mostra nas histórias como grande cozinheira e notória fofoqueira. Nos últimos tempos, porém, as histórias protagonizaram mais situações em que ela se comportou como conselheira de Minnie, deixando a parte das fofocas de lado.
Sempre com o chocalho no pescoço, Clarabela é uma personagem extremamente inteligente, mas apresenta momentos volúveis ou com “crises de amor” que fazem com que possa tomar decisões irracionais.
O “cavalo” Horácio sempre aparece com um colar de madeira (cabresto) e um laço. Nas primeiras histórias de Gottfredson, atua como um auxiliar do Mickey, que se autodenomina um perito em tudo e um bravo, mas costuma dar suas “fugidinhas” quando a situação aperta. Aos poucos, o papel de companheiro do ratinho foi sendo tomado pelo Pateta, e na década de 50 Horácio já não tinha mais essa função, ficando meio esquecido nos quadrinhos.
Clarabela e Horácio apareceram como noivos no universo Disney. Na década de 60, porém, tentou-se colocar Clarabela como namorada do Pateta. Em 1969, foi criada a personagem Glória para fazer par com Pateta, fazendo com que a primeira “voltasse para Horácio”, cujo paradeiro nessa época era desconhecido.

Revistas e Séries:
Em 1938, Clarabela foi tema de um livro de 92 páginas em capa dura lançado nos EUA, denominado “Walt Disney’s story of Clarabelle Cow”. A coleção ainda apresentou livros com a história de Donald, Pluto, Pateta, Mickey e Minnie.
Nos gibis brasileiros, nunca foram lançadas edições especiais com os personagens. Na Itália, porém, Clarabela foi destaque do fascículo 17 de Disney Collection, lançado em abril 2009, e do fascículo 10 de Disney Parade, de maio de 2003. Também na Itália, I Mitici Disney #24, de julho de 2009, foi especial sobre a personagem, apresentando 11 histórias em 196 páginas.
Horácio também teve fascículos especiais de Disney Parade (número 27, de janeiro de 2004) e Disney Collection (número 24, de julho de 2009), além de ser a estrela de I Mitici Disney # 27, de agosto de 2009, revista com 11 histórias em suas 196 páginas.
Em matéria de séries, os autores franceses e italianos contemplaram Clarabela com a série “Les Années folles de Clarabelle” (algo como “Os Loucos Anos da Clarabela”). 29 histórias fizeram parte dessa sub-série, com autores consagrados como Giorgio Cavazzano sendo um dos criadores dela. No Brasil, cerca de 10 historias foram publicadas, nas revistas da Margarida e Almanaque Disney, e a série foi denominada de Clarabela Repórter.
Na Itália houve uma publicação especial, o número 2 da coleção Storie col Fiocco (algo como História com Arco), com 12 histórias dessa série.
Personagens correlatos:
FAMILIARES E COLEGAS
Clarindo ou Beto (Bertie) – É o primo menor da Clarabela. No Brasil, o personagem estranhamente foi chamado de Clarindo. Apareceu primeiramente em "Silly Symphony featuring Pluto the Pup", tira publicada nos jornais americanas em 1940,como Calfie (também intitulada “Horse Play”). Essa história foi republicada em WDCS #20, de 1942, mas ainda é inédita no Brasil.
No Brasil, a primeira história dele possivelmente é “O sobrinho da Clarabela”, publicada nos EUA em 1943, em WDCS #36, como “Cousin Bertie”, e em nosso país em O Pato Donald #222 (1956) e Disney Especial #18 (1975) e suas republicações.
O leitor mais atento já notou que aí surge uma polêmica: O personagem é retratado nos estados Unidos como primo da Clarabela (“cousin Bertie”) e no Brasil como sobrinho da mesma. Para a confusão ficar ainda maior, em Mickey #763 ele se chama Beto, na história “Beto, o terrível
Dona Bovina (Miss Bovina) – É a tia da Clarabela, figura constante na alta sociedade. Sua estréia possivelmente foi em “Mickey Gets the Drift (jornais americanos de 1939 e WDCS #15, de 1941), história inédita no Brasil. Ela aparece também em algumas tiras e histórias nas décadas de 1930 e 1940, como nas histórias “The Twins Quiet Down” (WDCS #21) e “Goofy's Halloween” (WDCS #38). Nas histórias brasileiras, aparece por exemplo em “O sobrinho da Clarabela”, atormentada por Clarindo.
Betsy ou Itsy-Betsy – É a sobrinha hiperativa da Clarabela. Aparece atormentando Lalá, Lelé, Lili, Huguinho, Zezinho e Luisinho em “Triple-Sitter Trouble”, de 1970, publicada em WDCS #346. No Brasil, a história é publicada em O Pato Donald #954, como “Babás em Apuros”, e ainda em Seleção Disney #29 (1990).
Petúnia – Criada na Itália, por Corrado Mastantuono e François Corteggiani,. É prima de Clarabela. Estreou em “La cugina Petúnia”, publicada em Minni & company #34 , de 1996. A história foi republicada no Brasil em Almanaque Disney 327, de 1998, como “A Prima Petúnia
Sarabelle – É irmã da Clarabela, e apareceu no livro de atividades infantis “Mickey Mouse Magazine” Ela é idêntica à Clarabela, com exceção do cabelo loiro. Não se tem registro dela em quadrinhos Disney.
Boinifácio – Criado no Brasil, na história “Boinifácio, Muito Praz(e/a)r!”. Ele é retratado como o primo azarado da Clarabela. A história foi criada em 1985, com roteiros de Gérson Teixeira e desenhos de Roberto Fukue, e publicada em Mickey #408 (1986), inclusive com referência e imagem na capa da edição, e Disney Especial #124 (1990). A história foi publicada na Itália como “Clarabella e il cugino Bonifacio”, em Topolino #1603, também de 1986.
Segundo o Inducks, 13 histórias do personagem foram produzidas, todas no Brasil. A última data de 1987.
Como curiosidade, na história “Embarcando numa Galera Furada” (Tio Patinhas Especial #4, de 1987) é apresentado um ancestral egípcio de Boinifácio.
Dorotéia Tetéia – Também prima “megastar” de Horácio. Caracterizada como a rainha dos filmes de faroeste, segundo Horácio ela também possui “grandes dentes cavalares”. Aparece em histórias como “Uma Estrela em Patópolis”, escrita por Ed Nofziger” e publicada em Zé Carioca #1665 (1983) e Almanaque Disney # 366 (2005) e “A Prima de Horácio” (Zé Carioca #1789). Seu nome em alemão é um tanto inusitado: Elvire de Borchelle.
Carla – É prima da Clarabela. Aparece na história “Pippo e la bella... "racchiona"”, publicada em Topolino #932 (1973). Os autores do roteiro são desconhecidos. Na história, é mostrada como uma bela... “cachorra”, ao contrário da “vaca” Clarabela. A história foi publicada no Brasil como “A Rainha da Beleza” no Almanaque Disney #51 (1975). Arcibaldo e Teobaldo – São dois tios da Clarabela, apresentados em “Topolino e i fantasmi Neri”, história ainda inédita no Brasil, desenhada por Giovan Battista Carpi e escrita por Gian Giacomo Dalmasso Art. Sua primeira publicação foi em Topolino #466, de 1964.
Mayor Stang – Pai da Clarabela, mostrado na história "Two Gun Sheriff", de Al Hubbard, publicada em One Shots #468 (1953). É prefeito da cidade de Gangsterborg (nome dinamarquês). No Brasil a história foi publicada como “Herói por Tabela” em O Pato Donald #104 e #105 (1953).
Durham – Avô de Clarabela, retratado na série de tiras “Race for Riches”, publicada nos jornais americanos de 1935, desenhada por Floyd Gottfredson. Na história não é mostrada sua face. Essas tiras foram compiladas e apresentadas em Mickey Mouse #237 a #239 (1988). Elas nunca foram publicadas no Brasil.
Clarabela tem ainda uma tia que aparece na história “Le Mauvais et les Méchants", publicada em Le Journal de Mickey #2328 de 1997 e escrita por François Corteggiani. Ela vive numa cadeira de rodas no Oeste. Na história ele é chamada apenas de Tata (tia em francês).
SÉRIE CLARABELA REPORTER
Eliot Neves (Hotneige ou Eliot Neige no original francês) – Era o detetive, tendo aparecido em 5 histórias no Brasil. Estreou em “La Guerre Du Soda” (O Caso da Falsificação), publicada em 1988, em Le Journal de Mickey #1892. No Brasil, a história foi apresentada em Margarida #101, de 1990.
Al Capote (Al Cootest no original francês) – Era o grande vilão da série. O gangster Al Capote também estreou em “La Guerre Du Soda” e participou de 7 histórias publicadas no Brasil.
Chefe de redação (sem nome específico) – Chefe da redação do jornal para o qual Clarabela escrevia, estreou na mesma historia que os dois personagens já citados. No Brasil, 9 histórias foram publicadas com o personagem.
Jim Cocorina – Gangster que estreou em "Destinazione Hollywood", de 1995, publicado na revista italiana Minni & company #20 e atuou em 19 histórias, segundo o banco de dados INDUCKS. No Brasil, a única história catalogada com o personagem é “A Prima Petúnia”, publicada em Almanaque Disney #327.
Pascal Alonzo – Parceiro de Cocorina, com 5 histórias catalogadas no banco de dados INDUCKS. Sua estréia mundial e única aparição no Brasil coincidem com a do seu parceiro.
Recentemente Clarabela e Horácio apareceram na mini-série Mouse em duas edições da revista Mickey #803 e #804. (sátira ao premiado seriado de TV, House).
Fonte: EsquiloScan (Texto integral) Inducks Brasil (imagens).

sábado, 27 de março de 2010

Carl Barks o genial homem dos patos.

Um final de semana com Carl Barks

Se você perguntar a diversos fãs de histórias em quadrinhos quem eles consideram o maior gênio da arte sequencial de todos os tempos, você terá respostas acaloradas e divergentes: Will Eisner, Charles Schulz, Frank Miller, muitos outros, até mesmo o marginal Robert Crumb. E poucos provavelmente lembrarão de Carl Barks, mas mencione seu nome e ouça um suspiro seguido de um comentário como "ah! Esse é hors-concours!".

Carl Barks (1901-2000) é possivelmente o único quadrinista a ser considerado perfeito. Exagero? Roteirista, desenhista e arte-finalista de várias histórias da Família Pato dos Estúdios Disney, e pintor extraordinário, Barks foi responsável por fazer mais que definir a personalidade de seus personagens e alçá-los ao estrelato. Pode se dizer que ele humanizou o Pato. A biografia de Carl é rica e repleta de trabalhos gloriosos nos quadrinhos e na animação. Esse texto, todavia, detém-se "apenas" ao seu talento nas páginas impressas, pois essas davam espaço à totalidade do seu poder criativo. Poder vindo de um homem que tinha concluído seus estudos até o equivalente americano ao primeiro grau e que viveu a maior parte de sua vida recluso num sítio, do qual saía apenas duas vezes por mês para levar seus trabalhos ao editor.

A maior parte da reclusão de Carl era passada em sua biblioteca, já que os livros eram uma paixão que o acompanhava desde a infância. E graças a eles o desenhista pode praticamente recriar civilizações antigas que eram pano de fundo para as viagens do Tio Patinhas. O artista costumava dizer que viajara o mundo inteiro graças a seus livros, e tinha boas recordações de todos os lugares que "visitara". Seu detalhismo ao retratar templos ou monumentos criava paisagens tão verossímeis e belas que pareciam ser a transposição de uma foto acrescida da emoção da arte. Em outras ocasiões, essa profundidade decorria exclusivamente de sua imaginação, pois lugares nunca descobertos pelo homem moderno como as minas do rei Salomão ou a sala do tesouro do rei Minos I da Grécia - ou até paisagens mitológicas como Asgard ou Cólquida e paragens de sua criação, como a fantástica Quadradópolis - sugeriam uma notável impressão de realidade e familiaridade. Entretanto, essa captação das imagens que pareciam vívidas apenas em nosso inconsciente não era o único destaque no traço do artista. Os patos ganharam em suas mãos, um visual mais simpático e carismático, ficando mais gordinhos e dotando-se de expressões mais maleáveis e humanas, com o exagero sendo usado de maneira precisa.

Trabalhar as emoções e características dos personagens era algo também muito caro a Barks, o que era facilitado pelo fato de ele haver criado a maioria dos patos importantes que circulam por Patópolis (Duckburg, no original) e suas redondezas. De sua criatividade emanaram as formas e as características do sortudo Gastão (Gladstone Gander, criado em 1948), da namorada Margarida (Daisy Duck, 1940), do inventor maluco e bem-intencionado Professor Pardal (Gyro Gearloose) e de seu simpático assistente Lampadinha (Little Helper, ambos em 1952), dos empertigados Escoteiros-Mirins (Junior Woodchucks, 1950), dos sardônicos Irmãos Metralha (Beagle Boys, 1951), da sinistra e charmosa bruxa italiana Maga Patalójika (Magica de Spell, 1961), do ardiloso e obstinado bilionário sul-africano Pão-Duro Mac Mônei (Flintheart Glomgold) e de vários coadjuvantes. Mas a maior de suas criações, em termos artístico e comercial, foi o Tio Patinhas (Uncle Scrooge McDuck, 1947).
Inicialmente um coadjuvante nas histórias de Donald, o velho sovina foi ganhando cada vez mais espaço e projeção até ter sua revista própria em 1952. Esse crescimento de popularidade foi proporcionalmente acompanhado de um ganho de profundidade na personalidade do personagem, que teve sua história definida, da primeira moedinha (que guardaria como talismã para o resto da vida, sendo alvo de cobiça da feiticeira Patalójika) aos incontáveis bilhões que o levariam a possuir uma caixa-forte para guardar seu dinheiro. Desprezo pelo sistema bancário? Nada disso, apenas um meio de garantir a perpetuação de seu hobby preferido: mergulhar nas moedas e chafurdar entre elas como uma toupeira (hábito mostrado pela primeira vez na história Only a Poor Old Man, no Brasil intitulada "Nadando em Dinheiro", que também traz a primeira aparição dos irmãos Metralha). Um detalhe curioso: a Caixa-Forte abrigava, segundo seu proprietário, "três acres cúbicos" de dinheiro - medida que não existe. Porém, o matemático texano Flash Kellam se deu ao trabalho de imaginar e calcular como essa unidade seria se realmente existisse: a Caixa teria as dimensões de três campos de futebol "em pé", o que mudaria seu desenho original.

Contudo, brincar em dinheiro não era o único traço saliente na personalidade do pato que saíra da Escócia para a América em busca de fortuna. Patinhas era inacreditavelmente avarento e agressivamente ganancioso, mas nunca cedera a princípios baixos para obter suas conquistas (embora a tentação batesse à sua porta repetidas vezes, levando-o a vacilar mas nunca ceder). Também se dispunha a arriscar a vida para salvar um cão que o salvara anteriormente, mesmo que isso pudesse vir a custar toda a sua fortuna (conforme mostrado na história "De Volta ao Alasca"). A afeição por sua família era grande e invejável, o que não o impedia de arrastá-la para terríveis enrascadas sob o miserável pagamento de trinta centavos a hora. Patinhas não era a caricatura que se costuma definir, embora na mão de roteiristas menos talentosos ele chegasse perto disso. Mas Carl sabia lidar com suas crias como ninguém.

Aliás, o Tio Patinhas servia de pretexto para muitas histórias que criticavam o supercapitalismo - isso em plenos anos 50! O melhor exemplo está na história "O Grande Operador": a trama começa com os três sobrinhos de Donald observando com inveja e humildade a grandiosidade das operações comandadas por seu tio-avô. Esse, por sua vez, se vê despojado de suas riquezas ao ficar isolado em um vulcão extinto habitado por mini-patos que desconheciam o papel moeda. Entre eles, Patinhas é apenas um homem de grande estatura - e só. Suas posses nada significam, e na hora em que o perigo surge, não é seu dinheiro que o salva, e sim sua mudança de conduta. Nas suas palavras, somente com uma atitude que veio a lhe causar prejuízo pode provar-se digno do adjetivo "grande", e não é sem amargura e vergonha que ele admite isso. O consumismo também ganhava críticas mordazes em várias histórias, principalmente nos belos especiais de Natal que Barks produziu.

A futilidade de Margarida também era utilizada por Barks para ironizar os radicalismos machismo/feminismo, além de render clássicas tiradas sobre relacionamentos. A mais antológica delas está na história "O Fazedor de Chuva" (The Rainmaker, link no fim da página). Quando Donald liga para Margarida convidando-a para um passeio e ela recusa por já estar comprometida em sair com o primo do próprio namorado (honesta a pata, não?), ele é abordado pelo "Monstro de Olhos Verdes", que lhe atira um vaso de "essência de fúria" para que ele tome uma atitude drástica. A cena toda é uma citação ao acesso de fúria de Otelo na peça epônima de Shakespeare, quando o mouro veneziano se diz atormentado por um "monstro de olhos verdes chamado Ciúme". Espetacular!

O melhor no texto de Barks era seu humor imprevisível. Apesar das intrincadas sagas envolvendo tramas históricas e do cinismo irônico que era empregado contra o materialismo rutilante dos americanos, nada era tão soberbo quanto sua finesse e mordacidade para criar frases de efeito ou finais fascinantes. Dentre as frases, é impossível listar todas ou mesmo algumas, visto o volume de texto que seria necessário para contextualizá-las. Mas vale citar uma, quando Donald, descrente quanto ao funcionamento de uma forquilha mágica que já se provara eficiente, resmunga: "se essa porcaria achou água, só pode ser o esgoto do inferno". Já os finais, esses eram a especialidade de Carl. Podiam ser ridículos, mas de uma lógica incontestável; óbvios, mas de uma forma na qual jamais pensaríamos; ou mesmo (e muito comumente) inesperados, os finais imaginados por Barks sempre subvertiam as expectativas do leitor e tornavam cada uma de suas histórias uma experiência única como um livro, mesmo que às vezes de poucas páginas.

Por essas e por muitas outras razões (cada fã tem a sua específica, essas são apenas as mais habitualmente citadas), Carl Barks habita a mente e o coração de muitos leitores, que tiveram acesso a um mundo de cultura, surpresa e diversão a partir de suas páginas. E seus muitos discípulos - os americanos Don Rosa, Tony Strobl e William Van Horn, o holandês Daan Jipes, o chileno Victor Arriagada Rios, os italianos Romano Scarpa, Giorgio Cavazzano e Marco Rota, para ficar nos principais - trataram de dar continuidade a sua obra com dignidade (Jipes chegou a ilustrar vários roteiros do mestre produzidos nos anos 70). Cada um deles merece também análises e muitas homenagens, para não falar nos brasileiros Euclides Miyaura e Irineu Soares (esses, certamente merecedores de muitos capítulos à parte). Mas o maior nome, o princípio e até o fim de tudo (já que todos - leitores e artistas - sempre recorrem a ele quando querem o supra-sumo dos patos) será sempre o velho Carl Barks. Descanse em paz, "tio" Carl! Seus muitos sobrinhos espalhados pelo mundo agradecem e zelam por sua obra inesquecível.












Fonte: Youtube. (texto de Leonardo Vinhas)

O Incrível Esquálidus

Esquálidus (Eega Beeva, no original em inglês) é um humano do futuro, personagem da Disney, amigo de Mickey Mouse.
Esquálidus não tem sombra, fala na língua do pê e pode viajar no tempo.
Esquálidus tem um saiote que pode armazenar qualquer coisa, de qualquer tamanho. Esquálidus também tem alergia a dinheiro.
Infelizmente, este herói tão incomum desapareceu do cenário das bancas de jornal em fins dos anos 70, depois de ter frequentado as páginas de várias revistas como as saudosas "Almanaque Disney" e "Disney Especial".
Esquálidus apareceu pela primeira vez numa aventura dos anos 50 em que Mickey se perde numa caverna na qual acaba encontrando este estranho ser e esta no hoje raro de encontrar Disney Especial # 6 que por sinal nunca foi reeditado no Brasil. Os mais novos não devem conhecê-lo, mas eu me lembro muito bem dele como se fosse hoje. Foi a sua feiura que chamou a minha atenção. O nome Esquálidus diz algo para você? Em caso afirmativo, pode estar certo de que está ficando velho, meu amigo. O lado bom é que envelhecer de maneira saudável e com um passado lindo destes dentro de nós é a melhor coisa do mundo. Voltando ao tema deste texto.
Foi Esquálidus que chamou os Super-Heróis Disney para integrarem o grupo conhecido como Ultra Heróis. Esse grupo lutou contra os Bad-7, vilões chefiados pelo Professor Gavião.
Pflip é o cão de Esquálidus. Embora seja normalmente rosa, pode mudar de cor para vermelho para alertar quando há perigo próximo. Pflip é definido como uma mistura de cachorro, gato, hipopótamo, unicórnio, lhama e coelho.

Personagem: Esquálidus
Nome Original: Eega Beeva
Criador: Floyd Gottfredson, com roteiros de Bill Wash
Origem: 1947
Estréia:
The man of tomorrow, história de 30 (82 tiras) páginas publicada nos jornais dos estados Unidos em 1947.
No Brasil, essa história foi publicada em quatro partes, nas revistas o Pato Donald #22 a 25 (intitulada “Aventuras de Esquálidus”), de 1952. Foi republicada em Mickey #23 e Disney Especial #6
História do personagem:
Esquálidus foi criado nos estúdios Walt Disney dos Estados Unidos, aparecendo nas tiras de jornais do país, entre 1947 e 1950.

Na década de 50 o personagem começou a aparecer em sessões e capas produzidas pelos estúdios brasileiros. Por exemplo, aparece como professor na seção “No princípio foi assim...”, dentro das revistas O Pato Donald #43 e #44.
A primeira historia propriamente dita com ele criada aqui foi Papai Noel por Acaso (O Pato Donald #424, de 1959), primeira história de Jorge Kato e primeira história da Disney produzida no Brasil. Foi um mero coadjuvante na história, tendo sua estréia como um dos personagens principais em O Invento de Esquálidus (Disney Especial #19, de 1975).

Os estúdios italianos iniciaram suas historias com o personagem em 1949 com L’inferno de Topolino (inédita no Brasil), uma sátira de Inferno, de Dante Alighieri. O roteiro foi de Guido Martina e os desenhos de Ângelo Bioletto. A segunda história, primeira produzida no país na qual o personagem é realmente destaque, é Topolino e il doppio segreto di Macchia Nera, de 1995, também inédita no Brasil.

Na Itália, França e Brasil, o personagem de Gottfredson foi extremamente adorado, ocasionando centenas de histórias em cada um desses países sobre o mesmo.

Um fato curioso aqui no Brasil ocorreu na década de 50, quando a página de cartas da revista O Pato Donald foi um local de intensas discussões sobre o personagem após um fã pedir que não publicassem mais suas histórias. Diante disso, a revista publicou uma sessão, em seu número 76, denominada “O Caso Esquálidus”.
As primeiras histórias do Esqualidus, de Gottfredson, quando foram publicadas no Brasil receberam o nome de As aventuras de Esquálidus ou O Menino Prodígio. Assim, foram intituladas dessa formas as histórias (entre parênteses a primeira publicação no Brasil): The man of tomorrow, Mickey makes a killing (O Pato Donald #25 a #28), Pflip the thnuckle-booh (O Pato Donald #28 e #29), The Santa Claus bandit (O Pato Donald #29 a #32), The kumcast question(O Pato Donald #32 e #33), The atombrella and the rhyming man (O Pato Donald #33 a #42) e And education for Eega Beeva (Pato Donald #42 a #44)

Características marcantes:
Esquálidus não é um ser que veio de outro planeta, como muitos pensam. Ele é da Terra, mas do centro da Terra, tendo vindo de outra época também (2447).

Nas primeiras historias, o personagem se apresentava calado, soltando apenas um “eega” Logo se nota outras características que o fazem especial: forte e telecinético, quando fala coloca um P na frente da maioria das palavras e consegue tirar as mais diversas coisas de seu bolso, que mais parece o saco de presentes de papai Noel.
A dieta de Esquálidus também é bastante interessante: dinheiro, botões, metal. Após olhares desconfiados de Pateta e Pluto, o pequenino consegue conquistá-los, assim como o público, que o trata como um dos mais legais personagens do mundo Disney.
Revistas:
Embora tenha chegado às bancas, em outubro de 1975, a Edição Extra #67, especial do personagem, os fãs de Esquálidus se deliciam mesmo é com Disney Especial #6Os inesquecíveis, no qual ele é um dos grandes destaques. A edição contempla suas já citadas seis primeiras histórias, criadas nos Estados Unidos em 1947 e 1948.

A Edição Extra #67 conta com sua sétima história (originalmente An Education for Eega Beeva, de 1948) e outras aventuras interessantes, como Esquálidus encontra João Bafo de Onça e Esquálidus contra o Conde Cordeiro.
Histórias marcantes:
As aventuras de Esquálidus (The man of tomorrow, 1947) - Esqualidus encontra Mickey pela primeira vez quando este vai se esconder de uma tempestade em uma caverna. Mickey então o convida a visitar sua casa e logo viram amigos. Só há um problema: Pateta passa a achar que Esquálidus não é real, pois não tem sombra nem reflexo.
As aventuras de Esquálidus (Mickey makes a killing, 1947/1948) – Nas 36 tiras diárias que compõem a história, Esquálidus, prevendo a variação das ações, torna Mickey milionário. No Brasil, essa história foi publicada em quatro partes, nas revistas O Pato Donald #25 a #28. Foi republicada em Disney Especial #6 .
Mickey e Pateta na Cidade do Esquálidus (Topolino nel mondo di Eta Beta, 1981) – Mickey viaja 500 anos para o futuro, até a cidade de Esquálidus. No Brasil, foi publicada em Mickey #364, Disney Especial #115 e Mickey 75 anos.

O tesouro de Domba (The mook treasure) – Outra grande história de Gottfredson, envolvendo Mickey e João Bafo de Onça em busca de um tesouro ao redor do mundo. Composta de 138 tiras diárias publicadas originalmente em 1950, a história foi publicada no Brasil em O Pato Donald #78 a #85.
Personagens correlatos:
Vovô Esquálidus – Aparece em duas histórias brasileiras: O estranho mundo de Esquálidus (Mickey #285, de 1976) e De volta ao mundo de Esquálidus (Mickey #316, de 1979). Na primeira história conhecemos também a tia de Esquálidus, Marocas, seus sobrinhos Teco e Tuca e seu tio Bonifácio, além de sua noiva. Na segunda história nos deparamos com o Juiz Armandinho, que vive na distante casa do baixinho.

Pflip (Pflip the Thnuckle-Booh) – É o “cachorrinho” companheiro inseparável de Esquálidus. Estréia em Mickey makes a killing.

Em Pflip’s strange Power (Esquálidus encontra João Bafo de Onça), Pflip sofre de uma doença chamada Pzizosis, que o dá o poder de fazer as pessoas falarem a verdade.

Pflip, na verdade, é um Thnuckle-Booh (Gangarona em italiano), mistura de cachorro, gato, hipopótamo, unicórnio, lhama e coelho.

Na já citada história italiana Topolino e il doppio segreto di Macchia Nera aparece pela única vez Pflip 2, que é rosa, mas a depender do perigo que possa estar próximo a seu dono, muda de cor e até mesmo pode virar um ponto de interrogação.

Conde Cordeiro – Participou das histórias The syndicate of crime, de 1949, publicada no Brasil como Esquálidus contra o Conde Cordeiro (O Pato Donald #72 a #78, republicada em Edição Extra #67) e A volta do Conde Cordeiro, história nacional de Ivan Saidenberg, apresentada em Mickey #300, de 1977.

Curiosidades
- A revista Aventuras Disney #28 homenageou os 60 anos do personagem, com a história “O lanche fora-da-lei
- A mesma revista publicou antes de ser extinta a série Ultra-Heróis (edições #40 a #43), grupo que é liderado por Esquálidus. Essa “liga dos super-herois”, composta também por Mickey, Superpato, Superpata, Superpateta, Morcego Vermelho, Quatro-folhas (Gastão) e Ganso de Aço (Gansolino), enfrenta um grupo de vilões liderado pelo prof. Gavião.
- O nome completo de Esquálidus na verdade é Pittisborum Psercy Pystachi Pseter Psersimmon Plummer-Pusch. Mickey, ao saber, decide chamá-lo apenas de Eega Beeva.

Pra mim que coleciono revistas Disney e leio essas histórias mágicas, fazer um post sobre Esquálidus foi como se tivesse ligado uma máquina do tempo interna, e que funciona a revelia do que quero e do que penso, e me transportou bem lá pra minha infância. Tive oportunidade de reler minha edição do Disney Especial número 6 e mergulhar na história do Mickey encontrando o Esquálidus numa caverna. E aí vivendo uma grande aventura. Eu vivi essa aventura junto com o Mickey e adorei "reencontrar" o Esquálidus.
Fonte: Wikipédia, Inducks Brasil, EsquiloScan e diversos Sites Disney na Rede para captação de imagens.