quarta-feira, 30 de junho de 2010

Série: Melhores de Carl Barks - Na Velha Califórnia (1951)

Na velha California
É uma saga épica, ambientada na região onde Carl Barks morava, que traz algumas paisagens extraídas da realidade.
Barks declarou ao biógrafo Michael Berrier numa entrevista que os "cenários" são das cercanias de São Jacinto, onde ele vivia.
Barks ao apontar a rocha  com o qual os patos se chocam na terçeira página da trama, comenta que essa pedra ficava a apenas algumas milhas da sua casa.
Por motivos sentimentais, o autor colocava a história entre suas favoritas. "estudei em uma escola californiana em Santa Rosa e a cultura da Califórnia estava impregnada em nós, garotos desde aquele tempo. Sempre fui fascinado pela história daquela área".

FC0328 Na Velha California - 1951
Sinopse:
Donald  e os sobrinhos estão excurcionando nos arredores de Los Angeles. Um trânsito maluco faz com que eles peguem um atalho por uma estrada secundaria. Os patos avançam pelo interior e acabam sofrendo um acidente, batendo com o 313 numa rocha na beira da estrada.
Quando acordam estão em uma reserva indígena, sendo cuidados por índios com danças e ervas que operam efeitos estranhos nos patos.
Pouco tempo depois eles se despedem dos índios que os ajudaram e percebem que tudo está mudado, as casas dos índios agora são feitas de barro e os próprios índios usam tangas.
Os patos concluem que voltaram no tempo, pelo menos uns cem anos, e agora estão na velha Califórnia. Não existem mais estradas somente campos verdes e muito gado, antílopes e até ursos pelos campos .

Depois de alguns contratempos em ambiente digamos: "hostil ou selvagem", os patos esfomeados encontram uma fazenda onde são acolhidos por pessoas que viveram a pelo menos cem anos atrás.
Fazem amizade com o dono da fazenda Don Gaspar e Senõra. Também ficam amigos de Tina (essa aí debaixo, que é uma das serviçais de Don Gaspar), também conhecem Panchita, filha de Don Gaspar, e o vaqueiro da fazenda Rolando.
Donald e os sobrinhos são muito bem tratados e participam inclusive de uma festa com muitas senõritas lindas de olhar fulgurante e rosas no cabelo.
E se dão conta também que existe uma amor impossível entre Panchita e o vaqueiro Rolando, que trabalha nas terras de seu pai. Panchita já está prometida para um gordo rancheiro rico chamado: Don Porco de La Banã.
Donald acaba convencendo Rolando a dançar com Panchita durante a festa.
Depois disso Donald, Huguinho, Zézinho e Luisinho, passam por muitas aventuras. Ganham enormes porções de terra de um rico alcaide (antigo governador de provincia, também oficial de justiça da época), mas as terras são roubadas por um pistoleiro que bota Donald e os sobrinhos pra correr de suas próprias terras. Depois Donald fica contaminado pela febre do ouro, que toma  conta de todo mundo.
Gente correndo pra todo lado em busca de equipamento para sair em busca de ouro, e realmente encontram muito ouro.
 Mais uma vez, Donald  é alvo do mesmo bandido que lhe roubou as terras aliado a um comparsa. Só que desta vez Rolando o herói da história salva os patos  e os livra das garras dos bandidos.
Depois de tudo isso os patos ajudam Rolando a pegar o ouro que acharam. Agora sim Rolando está rico, e poderá pedir a mão de Panchita para Don Gaspar. A corrida do ouro está a pleno vapor na velha Califórnia. No final Rolando diz que jamais vai esquece-los.
Logo depois Donald e os sobrinhos acordam num hospital, e os médicos lá dizem que eles dormiram por seis semanas. A medicina e a mecânica têm seus méritos... logo Donald e os meninos retomam seu caminho. A história termina com Donald e os sobrinhos entrando no pátio do velho rancho de Don Gaspar. No último quadrinho, um casal comenta no carro: "Viu só? crianças cantando velhas canções espanholas diante das ruínas!". O outro responde... "É... a gente vê cada coisa...".
Comentários:
A história se passa em um ambiente especial, atípico e nem sequer têm muita ação.  É uma história "romântica", e se tornou uma das  favoritas  de Barks por suas qualidades sentimentais e por se tratar de uma história relacionada a campo e cowboys, coisas que Barks gostava. Na página 62 de O Melhor da Disney #29, com texto de Marcelo Alencar Barks comenta um pouco sobre essa história.
"Eu sempre desejei trilhar El Camino Real, seguindo de missão em missão, tirando fotografias e fazendo desenhos delas. Sempre fui fascinado pela história daquela área", contou ele ao jornalista Paul Ciotti em 1972. Em outra conversa, gravada em 1975, Barks acrescentou: "Apresentei um pequeno caso de amor e também lidei com nostalgia, história, um pouco de vilania e uns nomes doidos como Don Porco de La Banã (Don Porco de Lardo, em inglês). Eu tenho amor pelo velho Oeste, pelos amplos campos verdes. Me lembro de quando era criança, com lugar de sobra para perambular, com uma arma de brinquedo na mão e cavalo para montar".
A narrativa também menciona uma certa Ramona, donzela espanhola que deu nome a um livro de Helen Hunt Jackson, de 1884 (autora ao lado). A obra que inspirou Barks, virou canção e peça de teatro e discorre sobre o trágico romance da protagonista com um índio, denunciando os maus-tratos sofridos pelos povos nativos da região no fim do século 19. O quadrinista admitiu, numa nota de 1985, que citou as desventuras de Ramona para "impressionar" os vizinhos de San Jacinto, alguns dos quais sabiam que os gibis do Donald que eles viam nos jornaleiros eram produzidos em sua cidadezinha".
Abaixo, algumas fotos relacionadas com Ramona, inclusive o livro de Helen Maria Hunt Jackson chamado: "Ramonã".  Barks também desenhou a senõrita Ramona.
O Pato Donald 1793 (1987) Na Velha Califórnia (part 1) 1794 (part 2)
Tio Patinhas 436 (2001) idem
O Melhor da Disney 29 (2007) idem
Abaixo algumas capas de edições americanas que trazem a história: Na velha Califórnia.
Fonte: Site Carl Barks em inglês, Inducks Brasil,  O Melhor da Disney #29 (acervo pessoal), Wikipédia e diversos sites Disney na Rede.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Walt Disney no: "What's My Line?"

What's My Line? foi uma série de TV americana originalmente produzida pela CBS entre os anos de 1950 e 1967. Era um game show, onde os participantes (entre eles famosos da época, e até gente que é ícone até hoje como,  Jerry Lewis), deviam adivinhar o ramo de trabalho do convidado (ou às vezes, simplesmente quem era o convidado).
A série teve versões em alguns países como Reino Unido, Alemanha, Canadá, Brasil, Coréia e Venezuela.

A versão brasileira do programa What's My Line? foi chamada de Adivinha o que ele Faz?, e foi apresentado pela atriz Heloísa Helena, que apareceu na versão americana no episódio de número 341, que foi ao ar em 16 de dezembro de 1956. Carmen Miranda também participou da versão americana do programa.
E quem esteve por lá também foi o nosso querido Walter Elias Disney ou simplesmente Walt Disney. Ele participou desse programa no dia 11 de novembro de 1956. Espero que você goste de assistir a um vídeo do velho fundador da Disney.
Também esteve presente nesse programa, o homem que fez a voz do Pato Donald por tantos anos: Clarence Nash (Watonga, Oklahoma, 7 de dezembro de 1904 - Glendale, Califórnia, 20 de fevereiro de 1985) dublador norte-americano.
 Por aproximadamente cinquenta anos, Clarence Nash deu voz ao Pato Donald, um dos mais populares personagens da Disney. Foi também a segunda voz do personagem Jiminy Cricket (Grilo Falante) quando Cliff Edwards, seu dublador oficial, morreu. Clarence esteve no What's My Line? no dia 12 de dezembro de 1954.
Formato básico, certo? Mas o que torna os vídeos do “What’s My Line?” imperdíveis são os convidados dele. Estamos falando simplesmente de gente como Walt Disney, Elizabeth Taylor, Ava Gardner, Alfred Hitchcock, Barbra Streisand, Salvador Dali, entre outros. Enfim, praticamente toda celebridade de primeira grandeza do mundo nos anos 50 e 60 estiveram lá. Teve até o Pato Donald (ok, na verdade seu dublador, mas vale)!

Assista aos vídeos abaixo, uma pequena homenagem do Universo Disney a Walt Disney e também para aquele que deu voz ao Pato Donald por 50 anos, Clarence Nash.

Fonte: Wikipédia, sites americanos sobre televisão, YouTube e acervo Disney.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

GRILO FALANTE: A Consciência que gostariamos de ter.

Grilo Falante é um personagem fictício que apareceu pela primeira vez em 1940 no desenho animado Pinóquio. Ele é um companheiro sábio e bem humorado de Pinóquio em suas aventuras.
Seu nome original Jiminy Cricket era inicialmente apenas um eufemismo para a expressão Jesus Cristo! (Jesus Christ) e devido ao sucesso da mesma, e suas variantes, veio a se tornar o nome do personagem.
 Depois de Pinóquio
O Grilo Falante apareceu em diversos filmes e especiais da Disney, como em Como é Bom se Divertir e Mickey Mouse Club. Também apareceu em diversos jogos da série Kingdom Hearts.
O Grilo Falante, personagem dos estúdios Walt Disney, fez parte da infância de todos nós e ainda atua, apesar de seus 70 anos. Nem todos conhecem sua história e ela é bem interessante.
A história do Grilo Falante, ou “Jiminy Cricket”, começa na produção da animação de Pinóquio, que vinha ao embalo de Branca de Neve e os sete anões, que havia feito muito sucesso. O grande problema da equipe era que, sozinho, Pinóquio não sustentava o filme. Então surgiu a carismática figura do Grilo Falante (1940).

O pai artístico do personagem, Ward Kinball, estava prestes a abandonar os estúdios Disney, mas ao ser encarregado de criar o Grilo Falante, voltou atrás. O próprio nome já convencia, pois o termo inglês “Jiminy Cricket” era uma exclamação de surpresa e espanto muito usada na época.

Inicialmente, todos achavam que o personagem seria chato, pedante mesmo, até Pinóquio, que tinha no inseto a sua consciência. Mas não, o Grilo Falante, mais que um guia para Pinóquio, era um amigo e um amigo muito legal, vamos concordar.
O Grilo Falante era animado por Ward Kimball, Don Towsley e Wollie Reitherman e o grupo deparou-se com um problema  no decorrer do desenvolvimento da animação: como lidar com um personagem tão pequeno a não ser em closes? Optaram pela ênfase na expansividade do personagem, tornando-o maior do que seria na vida real. Assim, o Grilo Falante foi o primeiro personagem animado a falar diretamente com público. Este fato o transformou em um dos maiores contadores de história da época e lhe rendeu o cargo de apresentador do longa “Como é bom se divertir” (1947). assim como diversas aparições em programas de TV da Disney, como o Mickey Mouse Club. Não deixa de ser irônico que o personagem tão famoso na versão Disney, no livro não tinha nome e aparecia apenas em alguns capítulos, e ainda era esmagado por Pinóquio.
Na produção trabalharam no projeto nada mais nada menos que “750 artistas, incluindo animadores, artistas de layout, pintores de cenários, animadores de efeitos e responsáveis pela pintura de células de acetato, que produziram mais de 2 milhões de desenhos e cerca de 500 matizes de cor para a produção em Technicolor, além de 80 músicos”.

O filme,
se produzido nos dias de hoje, custaria cerca de $50 ou $100 milhões de dólares.
Fonte: Wikipédia e YouTube.

domingo, 27 de junho de 2010

Socializando

Mais um amigo que tem um  blog falando de quadrinhos Disney, e principalmente falando do  lançamento do Disney Big #5. O Matheus já colocou um post no  Edição Extra Blog , sobre o número 5 dessa revista. E  agora chegou a vez do meu amigo Fabiano Caldeira no seu blog...Socializando , falar da revista e apresentar detalhes das histórias.
Abaixo  você confere Fabiano , feliz da vida com a sua edição do Disney Big #5.
Confira aqui as postagens de Fabiano sobre essa edição:
Mais um amigo Disneyano, que "curte" quadrinhos Disney e ajuda a divulgar os quadrinhos Disney no Brasil.
É isso aí Fabiano, vamos continuar divulgando os  quadrinhos Disney, seus grandes mestres e suas histórias maravilhosas.

Pluto: Um Cão que todo mundo quer ter!

Pluto é um personagem da Disney. É o mascote do Mickey. Destrambelhado, sempre arranja muita confusão, mas no fim acaba ajudando seu dono a desvendar alguns mistérios.
 Inicialmente, Pluto não era o mascote de Mickey, mas sim de sua namorada, Minnie. O cão, treinado para caça, era chamado inicialmente de Rover, mas a esposa de Walt Disney (este o criador da personagem) sugeriu uma mudança de nome, aproveitando a recém descoberta de Plutão.
A personagem apareceu em mais de 50 episódios de desenhos da Disney, desde sua primeira aparição, em 1930, no cartoon "The Chain Gang". Pluto cativou adultos e crianças com sua personalidade quase humana, e mesmo que sua aparência tenha mudado desde os primeiros episódios, ele sempre salvou seu dono de perigos.
Assim como acontece com outros personagens longevos, a origem de Pluto gera controvérsias. Alguns especialistas apontam 1930 como seu ano de criação, enquanto outros adotam 1931. Depende do ponto de vista: foi em 1930 que o sabujo apareceu pela primeira vez num desenho dos Estúdios Disney. Aliás, eram dois sabujos. Em setembro daquele ano, em The Chain Gang (Os Prisioneiros), Mickey foi caçado por João Bafo-de-Onça, que contou com a ajuda de dois cães idênticos. Um mês depois, apenas um dos cachorros voltou em The Picnic (O Piquenique). Batizado de Rover, ele foi apresentado como o animal de estimação da Minnie. Somente em maio de 1931, na animação The Moose Hunt (A Caça ao Alce), o cãozinho apareceu como a mascote do Mickey e com o nome de Pluto - escolhido pelo próprio Walt Disney.
 Cinema
A carreira cinematográfica de Pluto inclui aparições em mais de 100 filmes, em sua maioria curtas de 7 minutos cada. Além de contracenar com o dono, em diversas oportunidades ele dividiu a tela com Donald, Pateta, os esquilos Tico e Teco, o gatinho Fígaro (do longa-metragem Pinóquio) e uma infinidade de bichanos destinados a torrar a paciência dele. Além disso, Pluto pode se gabar por guardar um Oscar em sua casinha - o desenho Lend a Paw (Me Dê uma Pata, de 1941), protagonizado por ele, ganhou o prêmio de Melhor Curta de Animação.



Fonte: Wikipédia (Texto integral) YouTube e imagens da Rede em sites Disney.